Até os três meses de vida, o bebê, involuntariamente, leva o dedo à boca sempre que tiver fome ou por algum reflexo. A partir desse período, a criança já passa ter maior controle. É aí que os pais devem passar a prestar maior atenção no filhinho.
A região da boca é formada por estruturas como lábios, língua, dentes, maxila, mandíbula, palato mole e duro, músculos da face, entre outras. O uso adequado das mesmas oferecerá um bom desenvolvimento funcional e anatômico da criança. Cada uma dessas funções deve ser estimulada de forma correta desde o nascimento, como amamentar.
Alguns hábitos orais podem se tornar viciosos com o decorrer do tempo, e sua manutenção poderá levar não somente a alterações nas estruturas do sistema orofacial, mas causar prejuízos no processo de desenvolvimento da criança em todos os aspectos (social, emocional, físico e intelectual).
O hábito de chupar dedo, assim como o hábito de usar chupeta e mamadeira, pode funcionar como desestimuladores no processo de sucção, essencial, principalmente, às crianças de até dois anos.
É importante que os hábitos orais, como chupeta, mamadeira, ou sucção digital (sucção com o dedo) não se tornem um vício, devendo assim ser removidos o mais rápido possível e de forma gradual, para que o equilíbrio psicológico e fisiológico da criança não sofra alterações que levem a prejuízos no seu desenvolvimento.
Entre as consequências que o hábito de chupar o dedo ou mesmo o uso de chupetas em demasia pode ocasionar estão à mordida aberta, mordida cruzada, inclinação dos dentes, alterações no padrão de deglutição, dificuldades de fala e aprendizado, problemas respiratórios, desequilíbrio da musculatura facial, além de alterações nos padrões psicológicos e emocionais.
A sucção através do dedo causa maiores alterações do que os causados pela sucção da chupeta, pois o dedo está sempre disponível.
Essas alterações podem levar a criança a ter dificuldades na respiração durante o sono (roncam e babam com maior frequência), apresentam irritabilidade, cansaço fácil em atividades físicas, língua flácida, apetite diminuído, obesidade ou magreza, palidez, respiração e mastigação ruidosas, hiperatividade ou sonolência e dificuldade de aprendizagem.
Atenção: o dedo está sempre disponível!
Pais não façam chantagem, punam ou reprimam a criança enquanto ela apresenta os hábitos orais.
O principal foco para o tratamento dos hábitos orais é a sua causa. A criança deve ser compreendida e nunca ridicularizada por causa dessa mania. A procura por um profissional de saúde (psicólogo, fonoaudiólogo ou dentista) é importante, para melhor orientação do comportamento da criança.
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