terça-feira, 31 de maio de 2011

Liberação das drogas...NUNCA!!!


André Gonçalves Fernandes Juiz de Direito da 2ª Vara Cível e de Família da Comarca de Sumaré/SP e Diretor do Fórum ,no porta www.portaldafamília.org fala sobre este questão tão polêmica que intraquiliza os pais e confunde o dependente químico, ele diz:-A nova geografia do tráfico nada mais é que uma reação ao sinal dos tempos: crise da instituição familiar, aposta na roleta russa da impunidade legal, lucro fácil e alto, além de um mercado de consumo garantido. Hipnotizados pelo canto da sereia, como Ulisses, do poema épico de Homero, os jovens deixam-se levar facilmente, ao contrário do nosso herói grego, que fora preso ao mastro do navio a seu pedido, como símbolo da prudência que deve nortear o agir humano frente às adversidades. O fato é que a juventude não só não tem mais mastros que valham a pena se amarrar, quanto mais ignora o que seja prudência ou mesmo amor, sinônimo de sexo, já entendido depreciadamente como um ato fisio-biológico despojado que qualquer afetividade. E, ainda assim, os defensores da legalização agem com uma ingenuidade ímpar, fincados em três argumentos:  Diz ele que o 1º argumento se baseia na guerra contra as drogas. Esta, causa mais danos à sociedade que o abuso no uso de entorpecentes; ou que a violência diminuirá com a legalização, em razão da queda do preço; e que as drogas se resumem a um problema da saúde pública. O 2º argumento é quanto aos custos financeiros envolvidos para o Estado, porquanto a liberação não poderia ser implementada sem uma paralela promessa de tratamento pelo sistema público de saúde, sobretudo para os mais pobres, ou seja, numa relação de oferta gerando demanda inelástica? Quem sabe o Estado ainda se incumbirá pela compra e armazenamento de drogas para a criação de estoques reguladores, a serem despejados no mercado quando o preço da droga estiver em alta, sem prejuízo da reformulação de toda legislação (cível, criminal, educacional, sanitária) que pressupõe justamente a ilicitude da droga. Ou poderá estabelecer parcerias público-privadas para novas fronteiras de plantio ou criar uma linha de crédito rural no Banco do Brasil, a juros módicos...Prefiro crer que o Estado não teria condições de “competir” ou atuar como parceiro, em qualquer grau, num hipotético mercado, cuja “commodity” seria a droga in natura, pois este mercado é imenso e opera com lucros de maneira excepcional. Não é a toa que se trata da segunda economia mais lucrativa do mundo, abaixo de seu irmão siamês, o tráfico de armas. Além disso, penso que o narcotráfico não esteja lá muito disposto a compartilhar o lucro, ao contrário dos custos. 3º orgumento se baseia no lugar-comum para todos os problemas de saúde eminentemente individuais: cigarro, álcool, obesidade, doenças sexualmente transmissíveis, aborto e, agora, drogas. A premissa está na idéia de uma sociedade enferma, tal o número de incidência de casos verificados. Lembro que, em regra, essas consequências são fruto de escolhas pessoais, livremente feitas, cujo ônus passa a ser suportado pelo sistema público de saúde, já saturado por outras demandas. As drogas são um problema individual, decorrentes da procura de um alívio fugaz para o vazio. Diz ele que a questão da legalização da droga, que deve ser vista com mais seriedade do que ingenuidade, senão fará com que o Estado suba a novos patamares de delírio e, juntamente com as seringas que já são hoje oferecidas, deveria aproveitar a ocasião para distribuir também algumas doses como bônus, para captação de clientela.
LILIAN:- Eu concordo, é muito triste ver que profissionais e políticos não alcancem a complexidade de um assunto que traz sérias repercussões para a saúde. Seria aumentar o uso, o crime, a degradação social, e tiraria a força dos pais e professores nos seus propósitos de prevenir o uso entre jovens e adolescentes. Nosso Governo não está preparado para atender a demanda de internações hospitalares, que por certo aumentariam. Aliás não está preparado para as necessidades que hoje nós temos como comunidades terapêuticas e hospitais e médicos especializados na rede pública. Nossa carência para o tratamento é significante.  Na minha opinião o Ser Humano precisa de limites e isso se faz com leis e não com facilitação.





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