sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pais e filhos Não São Iguais

Aquelas pessoas que hoje têm em torno de 40 anos ou mais, tiveram sem dúvida alguma uma educação centrada no respeito e na obediência aos seus pais. E este modelo de educação, tinha nos pais o centro pela qual se movia a família. Bastava um olhar para entender o recado, quando tinha visitas aparecer na sala somente para cumprimentar os visitantes. E aí, vieram os filhos dos filhos que tiveram este tipo de educação e, alguns, se não a maioria, resolveu que agora tudo seria diferente. Não trataria os seus filhos da mesma forma que os seus pais o trataram. Seria mais democráticos, dar maiores liberdades ser mais “amigos” dos seus filhos.
E para reforçar esta “nova forma” de educação, os psicólogos, psicanalistas, psicoterapeutas, defenderam a teoria de que os filhos precisavam de maior liberdade para encontrar o melhor caminho, terem as suas próprias experiências, uma educação menos repressora e que em casa, houvesse maior diálogo e a oportunidade do confronto de idéias.
Grande parte destes que defenderam esta teoria, após uma reflexão do que aconteceu com a sociedade, vira que houve um erro de rota e que o barco estava afundando num mar onde os principais valores que o sustentavam como, respeito, verdade, dignidade, honra, amor e ética, deixaram de manter este barco na superfície.
Ao procurar diminuir as diferenças, pregou-se a necessidade de que pais e filhos precisavam ser amigos, esquecendo-se de que os filhos precisavam era de alguém muito mais do que amigo, precisavam de referência para as suas vidas.
Amigos, os jovens têm na escola e na rua, enquanto que em casa eles precisam de referenciais, para que possam ter um norte a seguir quando estiverem na rua.
“Os pais precisam ser pais para que os filhos possam ser filhos”, é de importância fundamental no estudo deste princípio.
Tal afirmação, não deseja pregar o autoritarismo no relacionamento pais e filhos, ao contrário, quer é que os pais exerçam a sua autoridade tendo sempre em mente que a harmonia deve estar centrada no que somos “Amor-Exigente”.
E quando os pais estão cientes do papel que devem exercer em seus lares, buscando a harmonia, o respeito, a confiança, os deveres, os limites e as obrigações de cada membro da família, estará exercendo o seu papel com dignidade e contribuindo para que os seus filhos tenham estes mesmos valores quando tiverem a sua própria família.
Quando os papéis de pais e filhos são entendidos como complementares um do outro, não como opostos, as diferenças que existem complementam, acrescentam, para que cada um possa ter o seu lugar bem definido. E neste entendimento mútuo familiar, o fato de pais e filhos não serem iguais pode ser entendido como soma, partilha e não como confronto.
Enquanto pais precisamos dar condições para o aprendizado dos nossos filhos com a mesma energia para deixá-los assumirem as responsabilidades dos atos que tomarem. E o aprendizado que este princípio deixa para os pais é a busca diária da honestidade como fator preponderante como base nas relações no lar.
Como pais e não como super-homens não têm uma resposta para tudo, mas vamos buscá-la tendo valores espirituais como fonte para nutrir nossas relações com os nossos filhos, propiciando-lhes condições de crescimento para que ocupem seu lugar no mundo da melhor forma possível.
Tenha sempre em mente: Se você não for à referência ou um modelo para os seus filhos, os amigos da rua poderão ocupar este espaço. Querendo ser amigo, por vezes esquecemo-nos de sermos pais.

Um comentário:

  1. Fico feliz em ver meu texto reproduzido integralmente.
    Me senti honrado de ser reconhecido como o autor
    Marcos L. Susskind

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